Ainda que há meses se anuncie “a pior depressão desde 1929”, o que certamente influiu no forte ajuste das cotações de ações e comodities, a preocupação com a solvência do sistema financeiro dá lugar agora à preocupação com os lucros das empresas, na medida em que começa a temporada de divulgação de resultados corporativos. Não se sabe quais os milagres que poderiam estar sendo esperados, se todos concordam que há uma depressão, mas o mau humor continua prevalecendo. O yen fica mais forte a cada dia, entre as moedas, e isso colaborou para uma forte baixa no Nikkei225 (- 6,7 %). O euro é a moeda que está mais fraca, em princípio pela expectativa de um ciclo de queda nos juros da região; o Stoxx50 da blue chips vai perdendo até agora cerca de 4,37% na linha de “preocupação da economia”, que apareceu de ontem para hoje, vinda do mercado americano, que fechou bem fraco ontem. Por lá, os futuros têm perdas em torno de 2%. Por aqui, o movimento segue muito fraco na Bovespa, que ontem vinha revertendo uma baixa inicial e acabou cedendo na hora final. Houve alguma redução no aluguel de ações da Petrobrás, mas no pré-pregão o Fut. Dezembro já vai perdendo quase 5% com volume apenas regular: sempre há quem acredite que possa aproveitar da influência dos mercados externos no nosso mercado, apostando no pânico, mas a abertura já foi feita na mínima do que já foi negociado e a manobra pode não dar certo, como ocorreu ontem e anteontem.